O pior ainda não passou e é preciso que todos possamos contribuir para controlar a pandemia. E o teletrabalho é um bom ponto de partida. Saiba como fazê-lo de forma segura.
O ano de 2020 terminou há uns meses. Muitos de nós desejámos a familiares e amigos “votos de um Ano Novo melhor que este, o que não deve ser difícil”. Mas o início de 2021 foi difícil, com medidas de confinamento destinadas a controlar uma nova vaga de COVID-19.
Neste sentido, ficar em casa a trabalhar à distância é algo que milhares de portugueses podem fazer. O objetivo? Contribuir para acabar com a pandemia. Para muitos, trata-se apenas de repetir o que já fizemos em 2020… ou desde março passado. PC, ligação à Internet, webcam, são tudo elementos que passaram a fazer “parte da mobília” lá de casa quando aderiram ao teletrabalho.
Pensemos em algumas das regras que é necessário seguir nas empresas, mas também em casa. Tudo para que o teletrabalho possa ser mais produtivo e, ao mesmo tempo, seguro.
O teletrabalho como extensão da empresa
É importante lembrar que a comunicação as casas dos trabalhadores traz consigo problemas em termos de cibersegurança.
As organizações de maior dimensão têm recursos humanos e técnicos à altura do desafio. Para elas, isto não representa um problema. Mas o mesmo já não acontece no caso das PMEs, onde o cenário é mais complexo e o ciberrisco é maior.
O processo de distribuição de recursos humanos do teletrabalho envolve um portátil da empresa ou do próprio trabalhador. Este é usado ao serviço da empresa. É importante que os funcionários continuem a ter acesso a todos os recursos tecnológicos da empresa para conseguirem desempenhar as suas tarefas. Assim, é crucial que as empresas olhem para os equipamentos como uma extensão do seu TI.
Isto significa, na prática, algo muito simples. Tudo o que conta para a segurança e integridade dos dados na empresa deve, tanto quanto possível, ser também regra no teletrabalho.
Ou seja, mesmo estando fora da empresa em teletrabalho, faz parte da organização. Como tal, os PCs devem contar com o mesmo nível de proteção que os equipamentos locais. Sobretudo por se encontrarem fora da proteção habitual, com soluções mais robustas, como routers e firewalls.
Boas práticas de teletrabalho
Mas existem mais camadas de proteção que podem (e devem) ser aplicadas. É o caso da chamada autenticação de dois fatores (2FA), a encriptação das unidades de armazenamento e soluções tipo DLP. Estas últimas previnem a perda de dados – algo ainda mais importante no caso de teletrabalho. Isto porque as pessoas podem de forma acidental ou não provocar uma fuga de dados do negócio.
Finalmente, deve ser também se pensada a realização de cópias de segurança. É mais fácil a criação e gestão de backups locais. Mas a Internet de banda larga equivalente ou superior a redes Ethernet de 100 Mbps permite implementar soluções tão eficientes, robustas e seguras como as que as empresas têm na sua estrutura de TI local.
Em suma, o teletrabalho, apesar de colocar desafios de cibersegurança adicionais, não tem de ser uma fonte de novos riscos. Basta que a sua implementação seja feita de forma cuidadosa e com protocolos e soluções adequadas.